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Mensagem Pastor Luis Henrique Sievers - 25/10/2013

“No suor do rosto” – Finanças pessoais

É com muito trabalho que o ser humano faz a terra produzir os alimentos: “Terá de trabalhar no pesado e suar para fazer com que a terra produza algum alimento”, disse Deus (Gênesis 3.19). Mesmo com o avanço das tecnologias no campo, nenhum grão é colhido sem uso da força de trabalho. Na cidade, com suas várias profissões não é diferente. O suor é uma metáfora, uma comparação. O ser humano precisa de muito esforço e empenho para conseguir o sustento necessário para si mesmo e para a sua família. As finanças pessoais começam “no suor do rosto”. Para os tessalonicenses, o apóstolo Paulo deixou a seguinte regra: “Quem não quer trabalhar que não coma.” (1 Tessalonicenses 3.10) A preguiça tira a comida da boca das pessoas e põe em risco a sobrevivência do ser humano. Para o preguiçoso, a formiga pode ser um bom exemplo de trabalho: “Elas não têm líder, nem chefe, nem governador, mas guardam comida no verão, preparando-se para o inverno” (Provérbios 6.7-8). Mesmo sem serem mandadas, as formigas não deixam de fazer o trabalho necessário para a sobrevivência do seu ninho. Elas tomam a iniciativa. Não esperam por ordens. Como as formigas se preparam para o inverno, assim também devemos nos preparar para o que vem pela frente. Poupar na fartura para ter na escassez é uma prática importante para o sustento de uma família, bem como de uma sociedade inteira. Foi assim que José salvou o Egito da fome (Gênesis 41) O trigo foi estocado nos sete anos de fartura (vacas gordas) para enfrentar os sete anos de fome (vacas magras). A prática de fazer compotas de frutas e verduras é um exemplo antigo de estocar para tempos de escassez. Nossas finanças pessoais precisam se alimentar da honestidade. Ela é absolutamente necessária e útil. Num curto versículo bíblico, Deus diz: “- Não roube, não minta e não engane os outros” (Levítico 19.11) Não importa a quantia que está em jogo: “... quem é desonesto nas coisas pequenas também será nas grandes” (Lucas 16.10). O suor do rosto dos outros não me pertence, mesmo que eu esteja necessitado. Em questões de finanças, a confiança e o crédito são um tesouro. Precisamos achar um equilíbrio entre os ganhos e os gastos. Não é prudente gastar tudo o que se ganha (Provérbios 21.20) Temos que nos perguntar pelo que é necessário e fundamental para a vida. Em outros tempos, comer e vestir-se já era suficiente (1 Tessalonicenses 6.8). O que é básico para a sua vida hoje? O consumismo nos leva a gastar cada vez mais e com aquilo que não temos absoluta necessidade. Gastamos muito por impulso. O que ganhamos “no suor do rosto” deve ser gasto com sabedoria. Não podemos ser nem ter tudo o que queremos. Aqui vale o ditado: “Não dê o passo maior que a perna.” Você pode cair. Quando se gasta mais do que se ganha entra em cena a dívida. As pessoas honestas perdem até o sono por causa disso. Tomar dinheiro emprestado é um risco. Em Provérbios lemos: “... quem toma emprestado é escravo de quem empresta” (22.7). Evitar dívidas garante um sono mais tranquilo. A recomendação do apóstolo Paulo para a pequena comunidade cristã de Roma é a seguinte: “Não fiquem devendo nada a ninguém. A única dívida que vocês devem ter é a de amar uns aos outros” (13.8). O dinheiro também pode viciar e causar dependência. Existem pessoas que fazem da sua vida uma constante luta por riquezas. Viver bem é bom. A ganância, no entanto, faz mal. É como uma droga. Nunca se tem o suficiente. O apóstolo Paulo não tem dúvidas de que “o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males” (1 Tessalonicenses 6.10). Ele destrói famílias, promove guerras e leva a toda sorte de desgraças. Nada trouxemos e nada levaremos deste mundo (1 Tessalonicenses 6.7). O suor do nosso rosto ficará aqui e poderá ser causa de disputas entre os herdeiros. “Como entramos neste mundo, assim também saímos, isto é, sem nada. Apesar de todo o nosso trabalho, não podemos levar nada desta vida.” (Eclesiastes 5.15) A constatação deste simples fato deveria nos levar a buscar um sentido mais profundo para todo nosso esforço. Na opinião de Jesus, “a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas” (Lucas 12.15). Nossas finanças pessoais precisam contar com o ingrediente da satisfação. O apóstolo escreve: “... aprendi a estar satisfeito com o que tenho. Sei o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que é preciso. Aprendi o segredo de me sentir contente em todo lugar e em qualquer situação, quer esteja alimentado ou com fome, quer tenha muito ou tenha pouco. Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação.” (Filipenses 4.11-13) Sem uma ideia do que é suficiente para nós, viramos escravos de nossos desejos. Não paramos e nem descansamos. O suor escorre sem cessar do rosto. Definhamos. Alcançar a satisfação é necessário para ter descanso. Não vivemos para trabalhar, mas trabalhamos para viver. Quando vencemos a ganância e encontramos o contentamento, estamos preparados para fazer o bem ao próximo com as nossas finanças.  Em sua primeira carta a Timóteo, Paulo escreve: “Mande que façam o bem, que sejam ricos em boas ações, que sejam generosos e estejam prontos para repartir com os outros aquilo que eles têm” (1 Timóteo 6.18). Jesus ensinou a orar: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje.” É um reconhecimento da fé de que tudo o que somos e tudo o que temos vem das mãos do misericordioso Deus.  Ensinando seus seguidores Jesus disse: “Deem aos outros, e Deus dará a vocês. Ele será generoso, e as bênçãos que ele lhes dará serão tantas, que vocês não poderão segurá-las nas suas mãos” (Lucas 6.38).

Pastor Luis Henrique Sievers

Pastorado Escolar CSGA