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Mensagem Pastor Luciano Miranda Martins – 18/02/2013

Deserto

Olá Amigo/a!

Geralmente quando alguém é batizado ou é confirmado festejamos. A família se reúne e segue-se a sensação, aquela boa sensação: agora ele/ela está encaminhado/a. Que tenha boa sorte. Que tenha muitas alegrias!

É interessante observarmos que com Jesus isto se deu diferente. Apesar de ser um filho muito especial! Assim conta o Evangelho que, depois do seu Batismo, foi declarado “Tu és o meu filho querido e me dás muita alegria”. Apesar disso, Jesus não recebeu uma festa, pelo contrário, foi conduzido pelo Espírito Santo até o deserto.

Quando ouço a palavra “deserto”, no contexto bíblico, ela me sugere a ideia de reflexão, de profunda revisão de vida, lugar de provação, de conflito pessoal, local para pensar e refletir na vida. Foram quarenta dias, vocês conseguem imaginar isso? Quarenta dias que Jesus permaneceu no deserto.

Num lugar distante de tudo e de todos Jesus meditou sobre a sua missão como Filho de Deus. Foi ali, no deserto, no limite de sua resistência, que ele foi confrontado com o “tentador”, que o seduzia para outro caminho.

O final da luta nós conhecemos. Jesus não se deixou enganar, nem ficou com os olhos brilhando diante da possibilidade de ser rico ou poderoso. A sua vitória está no fato de que Jesus não aceitou as propostas. Não se deixou enganar, ludibriar pelo brilho do ouro ou do poder. Nosso Salvador sabia que sua missão era salvar a humanidade caída em pecados.

O melhor desta história é que a vitória que Cristo alcançou ao não se deixar ser ludibriado é a nossa vitória. Nós vencemos com Ele. Assim como sua vida justa e sem pecado, assim como a sua morte redentora e a ressurreição gloriosa, também esta vitória nos é oferecida como um presente da graça de Deus, a fim de que também nós possamos vencer as tentações em que somos submetidos. E esta vitória nós alcançamos não com nossas forças, mas com o próprio Cristo lutando ao nosso lado.

Paulo, em sua carta aos Romanos 8.31, nos diz Se Deus é por nós, quem será contra nós? Não temos como ser vencidos por ninguém, nem pelo pai da mentira, o príncipe das trevas. Conosco luta o Rei dos Reis, o Senhor dos Exércitos. E tal como Ele enviou anjos para servirem Jesus, assim também os envia em nosso auxílio.

Ao meditar sobre esse texto essa semana eu fiquei me perguntando e com isso quero encerrar essa mensagem, também pedindo a vocês que pensem nessas perguntas:

O que eu faria se fosse tentado tão intensamente como Jesus o foi? Não é muitas vezes isso que se busca no dia a dia? Poder e riqueza?

Seja este tempo da Quaresma um período de deserto para nós. Que nos fortifique na fé, nos ajude a reconhecer os erros e nos encoraje para a missão. Pois, se Deus é por nós, quem será contra nós? Que Deus nos ilumine. Amém.

Uma ótima e abençoada semana a todos!